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Maurits Cornelis Escher (1898-1972), um dos maiores artistas gráficos do mundo, foi reconhecido por explorar de forma brilhante a geometria plana e espacial em suas gravuras e desenhos criando impressionantes imagens realistas. Ele não tinha qualquer formação ou conhecimento de ciências exatas, mas era observador atento de tudo que lhe cercava e um fascinado pela regularidade da natureza. Ao todo, foram 448 litografias, xilogravuras e gravuras em madeira, mais de 2.000 desenhos e esboços.
Nascido na Holanda, ainda jovem entrou para a escola de Arquitetura e Artes Decorativas de Harlém para cursar Arquitetura, logo trocou pelas Artes Gráficas. Após se formar, mudou para Itália, onde produziu intensamente, inspirado pela paisagem do sul deste país. Treze anos depois, o regime Facista levou Escher a se mudar para Suíça. O lugar gélido e a paisagem coberta de neve refletiram diretamente na criação do artista, que passou a retratar imagens interiores. Permaneceu neste lugar até 1941, quando retornou para sua terra natal e lá ficou até sua morte.
Em uma visita ao complexo de Alhambra, em Granada na Espanha, observou os padrões geométricos árabes presentes no lugar, o que fez aumentar seu interesse por padronagens e o levou a elaborar a Teoria da Divisão do Plano Regular – uma superfície pode ser dividida regularmente em figuras iguais, respectivamente, preenchida com elas. Escher achava que padrões geométricos abstratos tinham pouco significado para nós, passou então a criar padronagens com figuras existentes na natureza, tais como aves, peixes, répteis e pessoas. Elas se misturam e formam plano de fundo umas das outras, resultando em imagens envolventes, como as que vemos logo abaixo.
Mosaico II, litografia, 1957
Xilogravura, 1956.
Em sua obra mais conhecida, Metamorfose, vemos sucessões de desenhos que se transformam, indo de formas geométricas simples à desenhos tridimensionais. Esta foi feita em xilografia com 29 matrizes, o que é ainda mais impressionante.
Metamorfose, xilogravura, 1939-40 e 1967-68.
Em Répteis, segundo o artista, o animal está cansado de ficar parado no plano. Então, estende uma perna, em relevo, para fora do caderno até se libertar e ganhar vida. Sobe pela capa do livro, esforça-se na subida do esquadro, até o ponto alto de sua existência. Depois retorna para a função como elemento de distribuição da superfície.
Répteis,litografia, 1943.
Pra saber mais sobre esse gênio, segue o documentário sobre a vida e obra dele, com cenas do próprio Escher falando. :]
Fonte: Chocoladesign

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